Juntos para ajudar pessoas que estão recomeçando a vida bem distante daqui, militares de Mato Grosso do Sul e voluntários civis trabalham todos os dias embalando doações destinadas ao povo gaúcho.
Neste domingo (26) de temperaturas baixas, eles seguem mobilizados fazendo a triagem para que tudo seja distribuído da melhor forma em cidades do Rio Grande do Sul devastadas pelas recentes enchentes.
Acompanhado da primeira-dama Mônica Riedel e do secretário de Administração, Frederico Felini, o governador Eduardo Riedel visitou o Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande, para onde são levadas todas as doações da campanha MS Pela Vida – Unidos Pelo Rio Grande do Sul, parceria do Estado com a Fiems (Federação das Indústrias).
“Agradecer a estas instituições que desde o início se dedicaram para poder tornar um exemplo este processo em conjunto com a Fiems, de recebimento, de segregação, de embalagem e destinação de todas as doações recebidas no estado de Mato Grosso do Sul.
Muito orgulho da sociedade sul-mato-grossense, das nossas instituições”, ressaltou o governador. Ele ainda completou: “A gente fica orgulhoso de poder fazer um chamamento, todo mundo junto, independente da possiblidade de cada um, abrir mão e ajudar um irmão, uma irmã do Rio Grande do Sul”.
Um mutirão formado atualmente por 235 pessoas se divide no trabalho. São militares dos bombeiros (156), exército (40), base aérea (11) e também civis (21).
“Apesar de estarmos fisicamente muito distante, tem toda uma logística que faz essa ponte para levar essas doações para lá e a gente fica muito satisfeito de poder nesse curto período de tempo conseguir ajudar muitas pessoas que estão passando dificuldade lá naquele Estado”, diz Emanuel Alves Cavassa, aluno do curso de formação da Polícia Militar.
Com cada doação vai o sentimento de solidariedade das pessoas que se dispõem a ajudar. “A gente sente que o brasileiro tá sempre se ajudando. Ele tem esse cuidado com o próximo. A gente tá a mil e poucos quilômetros de distância do Rio Grande do Sul, mas todo o carinho que a gente pode dar mesmo com essa distância, ele está indo até lá, ele está chegando. Eu acho que essa é a base da nossa profissão mesmo, ajudar o próximo, a gente se doar. Nós estamos aqui sábado, domingo e amanhã também de novo. Até finalizar, até acabar tudo”, conta Ana Júlia Muniz Lemes, aluna do curso de formação do Corpo de Bombeiros.
Só em roupas já foram doadas quase 160 mil peças (159,2), unidades da água mineral chegam a 131,9 mil e produtos de higiene somam 59,6 mil. No balanço das doações ainda estão unidades de kits dormitórios (13,3 mil), medicamentos (4,4 mil), vitaminas (2,9 mil), material de limpeza (1,2 mil), brinquedos (1,1 mil), luvas e aventais hospitalares (857), utensílios de casa (87), além de 14,9 mil quilos de alimentos não perecíveis e 4,5 mil quilos de ração para pets.
Ao todo 14 cargas já foram enviadas ao Rio Grande do Sul, somando quase 70 toneladas (68,8).
Organização – O Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande, foi transformado em um centro de distribuição para concentrar as doações arrecadadas por entidades parceiras vindas da capital e de várias regiões do Estado. O local também funciona como ponto de coleta, onde os cidadãos podem doar de forma direta em um sistema de drive-thru.
Toda doação entregue passa por um processo de separação, no qual os itens que apresentam alguma avaria são enviados ao conserto. Em seguida, é realizada a triagem para classificação dos itens por tipo e subtipo. Por fim, as doações são contadas, embaladas e ficam disponíveis para a expedição. A operação completa demanda várias frentes de trabalho e a atuação de centenas de voluntários.
Pontos de arrecadação – Escolas estaduais e sedes de forças de segurança, como as unidades da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, estão recebendo doações. A população também pode fazer a entrega no edifício Garagem da Fiems, em unidades da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e no Centro de Convenções Albano Franco.